Ternuras.
Isso, vez ou outra me intrigava, porque apesar da minha aversão injustificada aos pobrezinhos dos números ímpares, não sobrava ninguém nessa conta. Saíamos em três, confidenciávamos em trio. A falta em uma, era perfeitamente compensada pelo excesso nas outras duas. Era quase sempre assim, o encaixe funcionava sempre muito bem assim... O hábito era tão forte, que se faltava uma, as pessoas já perguntavam o que tinha acontecido com a ausente.
Uma já começou a traçar seu próprio caminho, e as outras duas estão lá, a falta de uma não é mais compensada por outra, se uma briga com a outra não existe mais aquele meio termo que sempre amenizava as coisas.
Juro, achei que todos aqueles planos iriam sumir, uma não iria mais fazer questão de falar com a outra, saber da outra, se preocupar com a outra!
Graaaande erro esse meu, pelo menos pra mim, a preocupação é tripla. É tão ruim quando você sabe que aquela pessoa ta com problema e você não ta ali pra abraçar, pra acolher; as vezes me sinto tão “impotente” por não poder ajudar como gostaria.;/
Mas a felicidade logo chega, quando você descobre que aquele problema acabou, que a pessoa ta bem, ta feliz! Você se sente orgulhosa por saber que mesmo sem você, aquela pessoa conseguiu vencer e já sabe dar seus próprios passos sozinha!
Sempre tive minhas dúvidas em relação a distância. Nunca acreditei que o amor continuasse intacto, do mesmo jeitinho que era quando se tava perto, grande erro isso meu, o amor continua lá, ileso sem sofrer nenhum arranhão, e pelo contrário ele só aumenta a cada dia que passa!
Darcy Cardoso.
